Hoje as universidades, principalmente as públicas, são as grandes geradoras de novas patentes no Brasil. Em 2017, dos 10 maiores depositantes de patentes no Brasil, apenas um não era uma universidade. Estas nove universidades, que estão em primeiro lugar, geram juntas, em 2017, 481 pedidos de patentes. A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) aparece em terceiro lugar, nesta tabela, atrás da Universidade Estadual de Campinas e da Universidade Federal de Campina Grande. São sessenta e nove pedidos de novas patentes gerados pela UFMG.
Todo este poder de geração de inovação, demonstrado pelas Universidades, possui um problema que é a distância que uma pesquisa desenvolvida no meio acadêmico tem da sociedade. Além de servir como ponto de partida para novas pesquisas, uma patente deve produzir benefícios para toda a sociedade através do desenvolvimento tecnológico, o que não ocorre.
Convivemos, também, com a incapacidade do Estado de gerar um desenvolvimento rápido. Para suprir a necessidade de beneficiar a sociedade com inovações tecnológicas, surge a ideia da Hélice Tríplice. Ela une o Governo com a iniciativa privada, que já existe nas PPP´s (Parcerias Público-Privadas), com um terceiro ator que são as Universidades, que trazem consigo inovações, pesquisas e um conceito de desenvolvimento sustentável.
Cada pá desta hélice tem uma função importante para o seu bom desempenho. O Governo, que é a primeira pá, tem como responsabilidade negociar e pactuar compromissos com os diversos atores necessários para atender a demanda a da sociedade. O Estado ainda deve cuidar para que os resultados alcançados sejam satisfatórios. A segunda pá é o próprio modelo das PPP´s. Esta pá, que foi instituída no Brasil em 2004 no Governo Lula, tem como objetivo aumentar a eficácia dos serviços públicos. Sua importância é dada pela necessidade crescente de investimentos em infraestrutura. A terceira pá, que são as Universidades, possui alta relevância nos processos de inovação. Não podemos esquecer que estamos em uma economia altamente globalizada, em que a inovação é indispensável para que qualquer empresa se mantenha competitiva.
Percebe-se que a união do Governo, Empresa e Universidade é a base para o crescimento sustentável, aproximando destes atores a população do país, com muita tecnologia embarcada. Este é o valor da Hélice Tríplice.
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